17/02/2009

Fim de viagem

(Esse texto foi escrito no avião, em meio à um vôo turbulento e dificuldade de dormir - e eu queria publicar faz teeeeempo...)

É, gente boa, acabou.

Neste exato momento estou no avião (num lugar um pouco melhor do que aquele que compraram pra mim, originalmente do lado de um cara que escutava música muito alto e cantava, e do outro lado uma mulher meio fedida), voltando para São Paulo, minha terra natal.
Saí de Washington, DC hoje de manhã, e viajei 5 horas de ônibus. Chegando em NY, peguei o metrô até o aeroporto, de onde embarquei nesse vôo das 17:40.

A previsão de chegada é as 6 horas da matina, horário local. 24 horas de viagem.
A partir daí, calor.
Nossa, calor. Quanta falta isso faz.
Poder ficar de camiseta e bermuda, descalço.

Não precisar de 3 camadas de casacos, um quebra-vento, uma calça debaixo da outra, gorro, luvas, cachecol, balaclava.
Cada vez que entrava ou saía da casa ou de um restaurante eram 10 minutos só pra se vestir e desvestir.

Além disso, como já citado em outras postagens, a eletricidade estática (especialmente comigo) me dava choque em TODO LUGAR QUE EU ENCOSTAVA.

E pela primeira vez na vida, quando eu estava indo dormir, eu VI eletricidade estática correndo pelos meus cobertores. É muito engraçado. Principalmente quando não é com você. Se não, é irritante.

Mas a viagem em si, como um todo, foi extremamente proveitosa, aprendi muito.
Aprendi a ter que me virar sozinho, aprendi a cozinhar mais coisas, aprendi a não ser tão fresco com comida (lá - ou aqui, pois ainda estou em cima do Atlântico - tudo é apimentado!)

Aprendi também que gringo sabe fazer festinha em casa ( uma mísera festinha levou 110 pessoas e 4 DJs onde cabiam, no máximo, 30 pessoas.) E que gringo é louco por caipirinha.

Profissionalmente, também aprendi, fazendo da "inauguration" meu primeiro freela. Além disso, trabalhei com design e outros afazeres no Partners of the Americas, que também me ensinou muito sobre solidariedade e projetos do terceiro setor.

Aprendi que saudade é ruim, mas no fundo tem até um gostinho bom. Deixa uma sensação de total insegurança, mas também esperança. (E eu rimei sem querer, e a próxima palavra que me vem à cabeça é pança, que, por sinal, cresceu, mas - ainda bem - menos do que eu imaginava, mas mais do que eu queria,)

E chega de escrever no avião que eu tô ficando enjoado.

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